Em reunião extraordinária, na manhã desta segunda-feira (9), a diretoria executiva da AMP/RS examinou e debateu a atuação do Sindicato dos Servidores do MP (SIMPE/RS) na semana passada, quando membros da entidade, entre outros atos, em flagrante atitude de afronta à Instituição do Ministério Público, adentraram na ante-sala do procurador-geral de Justiça gritando palavras de ordem, sentando-se no chão e exigindo audiência com o PGJ, somente se retirando do local quando lhes foi informado que, dado o procedimento afrontoso, não seriam recebidos pela Administração.



No final de semana, a categoria também promoveu manifestações públicas em diversos pontos da cidade. Nessas ocasiões, a pretexto de questionar o pagamento de auxílio-moradia a juízes e promotores e reclamar a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) no âmbito do MP-RS, expuseram a Instituição e seus membros a uma situação de absoluto constrangimento, quer pela forma como os fatos eram reportados, quer pelo tratamento afrontoso dispensado a quem buscasse esclarecer aspectos das situações fáticas que eram trazidas pelos manifestantes.



REAÇÃO ENÉRGICA

No encontro da diretoria, realizado na sede administrativa, a AMP/RS decidiu encaminhar manifestação formal ao procurador-geral de Justiça, reproduzindo o sentimento da classe de que as manifestações dos integrantes do sindicato ofenderam profundamente a dignidade institucional e dos membros do MP/RS, além de constituir flagrante violação de deveres funcionais de seus protagonistas.



Decidiu-se, ainda, como já noticiado a colegas que presenciaram pessoalmente as manifestações dos integrantes do sindicato, que, no âmbito criminal, a AMP/RS está colocando à disposição dos interessados sua assessoria jurídica (nesse campo representada pelo Dr. José Antonio Paganella Boschi), para examinar a viabilidade e conveniência de interposição de ação penal visando à proteção da honra pessoal e profissional. Por fim, no campo cível, deliberou-se por encomendar estudo da viabilidade de interposição de uma ação de reparação de dano moral coletivo, o que está sendo realizado pelo ex-procurador-geral de Justiça Dr. Sérgio Gilberto Porto.