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Proposta de uso de dinheiro do IPE para obras da Copa é uma ofensa ao funcionalismo

O que parecia passar distante dos problemas do funcionalismo público acabou muito próximo de se tornar mais um golpe nos servidores gaúchos. A revelação de que a construtora Andrade Gutierrez propôs a utilização de R$ 51 milhões do Instituto de Previdência do Estado (IPE) para custear parte das obras de reformulação do estádio Beira Rio para os jogos da Copa do Mundo de 2014, sem falar de outro tanto do Departamento de Previdência do Município de Porto Alegre (PREVIMPA), segundo o presidente da AMP/RS, "indica uma prática já surrada, mas que, nem por isso, caiu em desuso".
01/03/2012 Atualizada em 21/07/2023 11:00:49
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O que parecia passar distante dos problemas do funcionalismo público acabou muito próximo de se tornar mais um golpe nos servidores gaúchos. A revelação de que a construtora Andrade Gutierrez propôs a utilização de R$ 51 milhões do Instituto de Previdência do Estado (IPE) para custear parte das obras de reformulação do estádio Beira Rio para os jogos da Copa do Mundo de 2014, sem falar de outro tanto do Departamento de Previdência do Município de Porto Alegre (PREVIMPA), segundo o presidente da AMP/RS, "indica uma prática já surrada, mas que, nem por isso, caiu em desuso".



Ainda que a pretensão da empresa tenha sido rechaçada, "a simples proposta já constitui grave ofensa ao funcionalismo público estadual". Tão logo foi divulgada a notícia da pretensão de incluir entre os investidores das obras da Copa o IPE e a PREVIMPA, foi acionado o alarma nas entidades que congregam servidores públicos no Estado.



Nessa linha, segundo Azevedo, importante lembrar que "socorrer-se nos recursos da previdência sempre foi, historicamente, a solução encontrada por quem, desconsiderando a complexidade da questão previdenciária, pretende alcançar resultados em outras áreas ou projetos para os quais não há verba disponível". O dirigente ainda arrematou: "embora a realização da Copa do Mundo no Brasil prometa trazer investimentos, empregos e turismo ao Rio Grande do Sul, não é admissível que uma das fontes financiadoras do projeto a que se habilitou voluntariamente a construtora sejam os recursos que, por definição, deveriam assegurar a aposentadoria e demais benefícios previdenciários dos trabalhadores do setor público.



Azevedo asseverou, ainda, que o assunto continuará sendo acompanhado pela AMP/RS, que, como inúmeras outras entidades, tem interesse direto na preservação desses recursos e na destinação adequada dos mesmos. O assunto deverá ser debatido, inclusive, na reunião de diretoria desta sexta-feira, na sede administrativa da Associação.


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