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AMP/RS acompanha simpósio sobre reforma do sistema de segurança pública

A vice-presidente da AMP/RS Martha Beltrame prestigiou, nesta segunda-feira (30), o 2º Simpósio Nacional sobre a Reforma do Sistema de Segurança Pública. O evento, promovido em parceria entre o Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul e a PUCRS, foi realizado no auditório do prédio 11 da universidade, em Porto Alegre.
30/05/2016 Atualizada em 21/07/2023 10:58:34
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A vice-presidente da AMP/RS Martha Beltrame prestigiou, nesta segunda-feira (30), o 2º Simpósio Nacional sobre a Reforma do Sistema de Segurança Pública. O evento, promovido em parceria entre o Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul e a PUCRS, foi realizado no auditório do prédio 11 da universidade, em Porto Alegre.



Aberto ao público, o seminário contou com a participação do ex-secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares; do especialista em segurança pública Michel Misse e do professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS, Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo. Os palestrantes colocaram em debate sugestões viáveis para um novo modelo de segurança pública.



SEMINÁRIO ABORDOU DESMILITARIZAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR

simpos.jpgDurante o encontro, foram abordados temas como a desmilitarização da Polícia Militar, o fortalecimento das guardas municipais e revisão da formação dos policiais. Apesar de as medidas apontadas para uma reforma no setor soarem como batidas e antigas, os especialistas as veem como um pontapé inicial para a mudança. Mesmo assim, sabem que as ideias enfrentam restrições e resistência nas instituições envolvidas. Outro assunto muito debatido, mas com pouco avanço prático nos últimos anos é a legalização das drogas, tese defendida por Soares. Ele sustentou que a maioria da população carcerária, atualmente, no Brasil, é de presos por tráfico de entorpecentes, mas que não estão, necessariamente, relacionados ao crime organizado.



CULTURA MACHISTA NAS INSTITUIÇÕES POLICIAIS


simpos2.jpgQuestionados sobre o estupro coletivo a uma adolescente de 16 anos, no Rio de Janeiro, os especialistas criticaram a cultura machista enraizada na sociedade contemporânea e também nas instituições policiais. Soares afirmou que não é por acaso que o número de denúncias aumentou significativamente a partir da criação das delegacias especializadas no atendimento à mulher, enquanto Michel Misse defendeu um tratamento mais profundo para o fim da chamada cultura do estupro. "Alguns criminosos são patológicos, pessoas que tem desvio sexual grave, que só sentem prazer numa situação forçada. Esse tipo de pessoa merece tratamento específico. Muitos casos são de ocasião, até dentro da mesma família. Casos de oportunidade em que o crime é cometido pelo padrasto, às vezes pelo pai, pelo irmão mais velho. Isso é mais comum e mais difícil de trabalhar do ponto de vista policial. Só mesmo um trabalho pedagógico, preventivo nas escolas, para fazer com que as crianças tenham conhecimento do que se trata e se previnam", salientou.
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