AMP/RS debate sobre o crack em Sessão Plenária da Câmara de Vereadores
O presidente da Associação do Ministério Público do RS, Marcelo Dornelles, participou da sessão plenária da Câmara de Vereadores de Porto Alegre que debateu o crack. O debate contou ainda com o diretor-geral do Hospital Psiquiátrico São Pedro, médico Luiz Carlos Coronel, e o jornalista e coordenador-executivo da Central Única de Favelas (Cufa), Manoel Soares.
O presidente da Associação do Ministério Público do RS, Marcelo Dornelles, participou, nesta quinta-feira (2 de julho), da sessão plenária da Câmara de Vereadores de Porto Alegre que debateu o crack. O debate contou ainda com o diretor-geral do Hospital Psiquiátrico São Pedro, médico Luiz Carlos Coronel, e o jornalista e coordenador-executivo da Central Única de Favelas (Cufa), Manuel Soares.
Dornelles apresentou aos vereadores a campanha que a AMP/RS está implementando em todo o Estado para enfrentar o problema da droga. A campanha, intitulada Crack, igonorar é o seu vício?, foi idealizada no começo de 2009, depois que a Promotoria começou a detectar o aumento de crimes como homicídios e roubos ligados ao crack. "Observou-se que o aumento da violência urbana e doméstica estava ligado ao crack. Os roubos, por exemplo, mudaram de perfil, pois passaram a ser praticados para compra da droga."
Segundo o dirigente, as características do crack chamaram a atenção também por seu grau de periculosidade. "A droga causa dependência quase imediata." Para ele, a sociedade precisa se articular, pois o viciado em crack necessita de tratamento diferenciado e de uma nova capacitação dos profissionais envolvidos para atendê-lo. "É preciso atuar em três frentes: prevenção, tratamento e repressão", observou.
Dornelles disse também, que o crack exige um tratamento diferenciado. “Há necessidade de uma capacitação nova dos nossos médicos, educadores e profissionais de direito em relação a essa droga”, relatou. O presidente da AMP/RS ressaltou ainda que a campanha da entidade trabalha principalmente na questão da prevenção, constatando que esse tipo de droga não pode ser enfrentado somente por autoridades, mas também envolvendo a sociedade, a comunidade, as escolas, os pais, etc.
Manoel Soares, coordenador da Cufa-RS, disse que a única saída hoje é a prevenção. "Todas as pessoas têm capacidade para ser um agente e fazer a prevenção, e essa é a hora de todos se unirem, independente de partido, classe social ou raça para ajudar na prevenção. Existe um mercado de venda do crack que é rentável, e a sociedade deve se mobilizar para combater este exército inimigo.