"Corrupção precisa ser coibida"
A Justiça Eleitoral tem demonstrado dificuldades de coibir práticas como o caixa 2 e o sistema de corrupção, afirmou o desembargador Paulo Augusto Monte Lopes, nesta segunda-feira (8/5), quando passou a integrar a galeria dos ex-presidentes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Durante a cerimônia de descerramento da fotografia, Monte Lopes avaliou que a "há obstáculos para a apuração e a responsabilização dos envolvidos". Segundo ele, "a Internet, juntamente com o jornalismo investigativo, serão importantes aliados na apuração dos fatos", afirmou o magistrado, insistindo que "a corrupção precisa ser coibida".
Ao projetar o cenário das eleições de outubro, o presidente do TRE, desembargador Roque Miguel Fank, observou que o processo deverá apresentar as maiores dificuldades já registradas na história da República brasileira, em função das denúncias de corrupção na política. "Haverá grandes questionamentos em termos partidários. Caberá à Justiça receber as representações e encaminhá-las de forma clara, sem perder o critério da objetividade", enfatizou Fank.
Entre as principais realizações da gestão de Monte Lopes, de 2004 a 2005, estão a profissionalização do corpo funcional do TRE e o projeto Eleitor do Futuro, além da condução das eleições municipais. Nascido em Pelotas, ele atua na 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado.
Fonte: Jornal Correio do Povo