Há cerca de dois anos, Fernando de Araujo Bittencourt iniciava, como assessor jurídico, sua relação com o Ministério Público gaúcho. Hoje, promotor de Justiça, ele fortalece, diariamente, a convicção pela escolha que o levou a prestar concurso e integrar-se à classe. A opção se deu através da vivência, do contato com as atribuições de um promotor e a rotina do dia a dia da Instituição. Nessa entrevista, ele fala sobre a mudança e suas novas perspectivas.



Natural de Porto Alegre, Bittencourt atua desde março na comarca de Bom Jesus, compreendida também pelos municípios de Jaquirana e São José dos Ausentes. “O dinamismo do ofício do promotor comparado com o cargo de juiz, se compatibiliza mais com o meu perfil. O gosto do contato com as pessoas, sendo em atendimentos, audiências judiciais ou até mesmo em reuniões que participa fora da promotoria lhe traz muita satisfação. Sempre vislumbrei no promotor de Justiça um agente transformador da comunidade onde ele atua”.



Credibilidade

É com esse entusiasmo que Bittencourt encara a função. Para ele, a expectativa e a confiança depositada na Instituição do Ministério Público e na figura do promotor de Justiça são um estímulo e um desafio que se renova a todo momento. "Entendo que a Instituição goza de prestígio perante a comunidade, as pessoas confiam, procuram o MP para orientação, resolução de problemas. Isso nos traz muito respaldo, e a vivência nas comarcas do Interior, principalmente! Vemos que a população deposita muita confiança no nosso trabalho. Temos de estar à altura para corresponder a essa confiança que a população deposita na Instituição. O promotor, quando é comprometido, quando se dedica às causas da comunidade onde está atuando, consegue transformar a comunidade", avalia.



Desafios

A maior dificuldade encontrada por ele na área de atuação do MP está na falta de estrutura e, às vezes de conhecimento técnico, dos parceiros municipais que atuam conjuntamente com o MP para implementar os direitos da população, mas nada que não se resolva com um bom diálogo. Bittencourt reconhece, porém, que a função inflige uma série de desafios a quem assume o papel de lutar em nome da sociedade. E vê na AMP/RS um aliado importante para manter a força diante de ataques à credibilidade e às prerrogativas funcionais. “A Associação é aguerrida defensora das prerrogativas dos membros do MP. Quando há algum incidente envolvendo promotores de Justiça, a entidade presta todo o auxílio e solidariedade necessários. É muito bom saber que estamos amparados pela entidade", complementa.