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Em entrevista à AGERT, presidente da AMP/RS fala sobre atuação do Ministério Público durante a pandemia

João Ricardo Santos Tavares abordou o papel da Instituição em meio aos impasses entre lideranças comerciais e governo
03/03/2021 Atualizada em 21/07/2023 11:01:07
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Em entrevista à Rádio da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT), o presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS), João Ricardo Santos Tavares, falou sobre a atuação do Ministério Público gaúcho em meio à pandemia nesta quarta-feira, 3 de março.



Na abertura da entrevista, o presidente da AMP/RS falou sobre a nota de apoio às medidas restritivas para evitar o contágio da Covid-19. “Neste momento de tamanha gravidade, com hospitais lotados e profissionais da saúde em estado de exaustão, entendemos que o quadro que se instalou no Rio Grande do Sul exige um comando único”, destacou.



Entretanto, o promotor de Justiça frisou que sua fala representa unicamente a Associação. “Os membros do Ministério Público têm independência funcional, entendimentos diferentes e tomarão medidas judiciais diferentes, mas consideramos justo, como entidade de classe, dizer à sociedade gaúcha que é preciso um comando unificado para que se consiga sair desta situação complicada”, explicou.



Em seguida, João Ricardo Santos Tavares falou sobre o trabalho contínuo de promotores e procuradores de Justiça durante a pandemia em todo o Estado. “Apesar do trabalho remoto ser uma realidade, mostramos à sociedade que não deixamos de trabalhar um dia sequer dentro das nossas atribuições para garantir os direitos da cidadania. Tivemos de nos reinventar”, destacou. “Essa reinvenção foi salutar no sentido de permitir que o Ministério Público continuasse a atender a sociedade em todo o País”, enfatizou.



Quando questionado sobre a atuação da Instituição em meio aos impasses econômicos durante a pandemia, o presidente da AMP/RS destacou que um dos grandes desafios tem sido conciliar a saúde e a preservação da vida com a manutenção da atividade econômica. “Temos o maior respeito com a posição dos empresários que se sentem aflitos com os fechamentos do comércio, mas por outro lado a comunidade científica é unânime em dizer que somente o distanciamento social possibilita o maior controle da velocidade do contágio da doença. Lamentamos esse novo fechamento, mas entendemos que a vida deve estar em primeiro lugar”, explica.




Ao final da entrevista, o repórter Eduardo Leães perguntou o entendimento da Associação sobre a tomada de decisões impopulares. O presidente destacou que as críticas com relação à atuação do Ministério Público fazem parte do regime democrático. “Isso faz parte da nossa profissão. Sabemos que, em determinadas situações, o cumprimento da Lei nem sempre é compreendido”, explicou.






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