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Fórum da Questão Penitenciária avalia alternativas para o sistema prisional
Representantes da AMP/RS e das demais entidades que integram o Fórum da
Questão Penitenciária voltarão a se reunir no dia 4 de agosto, na sede
da Ajuris. No encontro, que ocorrerá a partir das 10h, dois temas serão
debatidos. Um deles será a
pesquisa do professor do curso de Direito do Centro Universitário
Metodista (IPA) Celso Rodrigues, que apresentará um perfil dos presos
com idade até 29 anos do Presídio Central.
Representantes da AMP/RS e das demais entidades que integram o Fórum da Questão Penitenciária voltarão a se reunir no dia 4 de agosto, na sede da Ajuris. No encontro, que ocorrerá a partir das 10h, dois temas serão debatidos. Um deles será o projeto de lei que o deputado estadual Tiago Simon (PMDB) estuda apresentar à Assembleia Legislativa, que prevê a criação de um fundo para construção de novas penitenciárias. O outro é a pesquisa do professor do curso de Direito do Centro Universitário Metodista (IPA) Celso Rodrigues, que apresentará um perfil dos presos com idade até 29 anos do Presídio Central.
Rodrigues integra a coordenação do núcleo de Assessoria Jurídica Popular do IPA e entrevistou durante um ano 270 detentos no Central. Com a pesquisa, conforme o professor, foi possível desmitificar alguns sensos comuns, como o de que presos nunca trabalharam e que jovens que cumpriram medidas socioeducativas iniciam um caminho na criminalidade. “Entre os presos com até 29 anos, 69% não passaram pela Fase, 50% trabalharam com carteira assinada nos últimos dozes meses e 87% tem o interesse de trabalhar dentro ou fora do presídio. Então, esses são dados que precisariam de análises sociológicas mais profundas, mas são indicativos, sim, de um cenário que merece reflexão e de alguns mitos que caem”, aponta.
A educação está entre os temas que merecem a atenção da pesquisa que será apresentada. O professor do IPA chama a atenção para os dados que apontam que 69% dos presos não concluíram o ensino fundamental e que 80% repetiram pelo menos uma vez o ano escolar. Quando da prisão, 91% deles não estava matriculado em nenhuma escola ou curso.
Representação à OEA
Diante do descumprimento das medidas cautelares pelo Estado Brasileiro, frente às determinações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre o Presídio Central e demais casas prisionais do Rio Grande do Sul, o Fórum da Questão Penitenciária encaminhou nova petição de admissibilidade do caso pela CIDH, requerendo nova audiência para análise do caso. O retorno do encaminhamento é aguardado para esse segundo semestre.
Mesmo com recomendações da CIDH na Medida Cautelar 8/13, persistiram a violação geral dos direitos humanos, a superlotação, o risco de incêndio e o controle da prisão feito pelas facções criminosas. O Fórum reforça a preocupação diante do caos estabelecido e pondera que todas as tentativas de solução amistosa foram insuficientes, revelando falta de empenho das instâncias governamentais frente ao problema denunciado.
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