Galpão de Paz
Empolgado com o sucesso do galpão crioulo da AMP/RS no Acampamento Farroupilha, o diretor cultural da entidade, promotor David Medina da Silva, se inspirou para traduzir em versos o sentimento que brotou ao ver colegas e amigos confraternizando naquele ambiente. Surgiu, então, a poesia Galpão de Paz, que sintetiza o desejo de união e harmonia entre os membros do Ministério Público, materializado nesses 14 dias de festa. Confira abaixo:
Galpão de Paz
(David Medina da Silva)
Sonhei que era realidade
Que havia um lugar de iguais,
Pra cantar a liberdade
Num mesmo canto de paz.
E a doce simplicidade
Das rodas de chimarrão
Foi revelando a verdade:
A paz mora num Galpão!
No cheiro da costaneira,
Na palha de santa fé,
Surgiu a razão primeira
Pra ver o Galpão de pé.
E pela ânsia povoeira,
Que nem a chuva desfaz,
Na tradição galponeira
Ergueu-se um Galpão de paz.
Para lembrar Farroupilhas
Em façanhas imortais,
Se repontaram guerrilhas
E se ergueram memoriais.
E neste aconchego rude,
Onde a emoção fez morada,
Entre as façanhas, amiúde,
A paz é que foi lembrada.
Ah, meu Galpão, meu mundo,
De palha e de costaneira,
Um pouco eu tenho de tudo,
Minha mansão verdadeira!
Pelas janelas abertas
Adentram céus ancestrais,
Trazendo guerras incertas,
Buscando um Galpão de paz.
Meu Galpão, minha esperança,
De um mundo menos perverso,
Por tudo que a fé alcança
A Deus do céu hoje eu peço:
Se for pra morrer que seja
Sem ódios no coração
E enquanto eu viver que eu veja
A paz morar no Galpão!