Interativa aponta 78% de rejeição à PEC 37 no Conversas Cruzadas
Com 78% dos votos na interativa do programa Conversas Cruzadas desta quarta-feira (6), na TVCOM, os telespectadores rejeitaram o conteúdo e posicionaram-se contrários à aprovação da PEC 37 no Congresso Nacional. A proposta, também conhecida como PEC da Impunidade, foi duramente criticada pelos presidentes da AMP/RS, Victor Hugo Azevedo, e da ONG Brasil Sem Grades, Luiz Fernando Oderich.
O debate, mediado pelo jornalista Léo Saballa Jr., contou, também, com as participações do defensor público-corregedor Elizandro Todeschini e pelo assessor jurídico da Chefia da Polícia Civil, delegado Marcelo Hartz. Ao longo dos quatro blocos do Conversas Cruzadas, a emissora recebeu 678 ligações com o voto dos telespectadores, além de e-mails e mensagens pelo Twitter, a maioria delas acolhendo a tese defendida pela AMP/RS.
DIRIGENTE DA AMP/RS CRITICOU A PEC
Durante o programa, o líder associativo advertiu para o risco da atribuição de exclusividade das investigações somente às Polícias Federal e Civil e voltou a apontar as dificuldades dessas instituições em solucionar os casos na situação atual. “Se o esforço das polícias, hoje, já não é suficiente para a resolução de crimes como homicídios e roubos, por exemplo, como poderão se dedicar adequadamente sozinhas aos casos de maior complexidade?”.
Victor Hugo ressaltou, ainda, que o Ministério Público não quer exclusividade, mas sim continuar desempenhando, em parceria, o papel que vem sendo exercido ao longo de sua história. “Evidentemente que essa PEC surgiu a partir do descontentamento de determinados setores que antes agiam à sombra da lei e que, por conta da ação do Ministério Público, passaram a ser alcançados pela Justiça”.
Falando em nome da sociedade civil, Luiz Fernando Oderich criticou a tentativa de proibir a participação do MP na investigação de crimes. “Há 25 anos, de acordo com a Constituição de 1988, o MP vem atuando de forma eficiente e sem que se aponte um deslize importante sequer. Então, qual o motivo desse movimento? A sociedade não quer essa mudança. Não é o momento para restringirmos um trabalho que vem dando certo.”, completou.
Assista abaixo os quatro blocos do programa
Bloco 1
Bloco 2
Bloco 3
Bloco 4