Justiça de Sapiranga nega prisão de PMs
A juíza da 1ª Vara de Sapiranga, Christiane Tagliani Marques, negou pedido do Ministério Público de restabelecimento das prisões preventivas dos cinco policiais militares que foram beneficiadaos pela Lei Eleitoral e libertados no domingo. Eles e mais sete policiais foram denunciados pela morte do sindicalista Jair Antônio da Costa, 31 anos, morto no dia 30 de setembro, em Sapiranga, no Vale dos Sinos.
Christiane entendeu que, como o desembargador do Tribunal de Justiça (TJ) Newton Brasil Leão não estabeleceu no despacho o período de soltura dos policiais, ela não poderia conceder novamente as prisões. Para reverter a situação, a Procuradoria de Justiça do Estado ingressou com um embargo declaratório, pedindo o que o desembargador determine o prazo de liberdade dos militares. Leão decidiu que a solicitação será analisada nesta quinta-feira (27/10) por ele e mais dois desembargadores durante a sessão da 3ª Cãmara Criminal do TJ.
Ontem à tarde, os 12 réus no processo prestaram depoimento no Forum de Sapiranga, entre eles o sargento Valmir Antônio Assis da Costa, apontado como o autor do homicídio (teria usado um bastão para pressionar o pescoço de Costa, provocando o desmaio). Nenhum dos PMs quis prestar declarações à imprensa. Eles foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, asfixia e tortura, e uso de recursos que impossibilitaram a defesa da vítima).
Fonte: Jornal Zero Hora