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Nações devem se unir contra o narcotráfico - Zero Hora
Em discurso na cerimônia de abertura da International Drug Enforcement Conference (Idec), a maior conferência mundial antidrogas, na manhã de ontem no Rio, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, defendeu a união de esforços de todos os países no combate ao narcotráfico. A proposta do gaúcho Corrêa é a divisão de responsabilidade entre países produtores, de trânsito e países consumidores no enfrentamento dos problemas derivados das drogas.
Evento mundial no Rio debate o papel dos países na guerra ao tráfico de entorpecentes
Em discurso na cerimônia de abertura da International Drug Enforcement Conference (Idec), a maior conferência mundial antidrogas, na manhã de ontem no Rio, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, defendeu a união de esforços de todos os países no combate ao narcotráfico. A proposta do gaúcho Corrêa é a divisão de responsabilidade entre países produtores, de trânsito e países consumidores no enfrentamento dos problemas derivados das drogas.
Segundo ele, o objetivo é evitar a estigmatização dos dois primeiros grupos de países (produtores e de trânsito), entre os quais estão os da América do Sul, para que suas populações não sejam prejudicados.
O Brasil entende que os EUA não devem mais se restringir à função de vítimas, como meros consumidores de produtos feitos em outros lugares, e sim assumir suas responsabilidades.
– Não pode ter protagonismo, e sim cooperação. Não pode ter imposição de conceitos, e sim cooperação na construção deles – afirmou Corrêa na conferência, aberta no Hotel Windsor.
O evento, que conta com a participação de mais de 90 países, foi organizado em conjunto pela agência antidrogas dos EUA, a Drug Enforcement Administration (DEA), e pela PF. De acordo com a administradora da DEA, Michele Leonhart, o foco da conferência é discutir o combate ao narcotráfico e reprimir a figura do intermediário, aquele que permanece à sombra do traficante e proporciona, no final da cadeia, a lavagem de dinheiro.
– Muitas operações começam em um país e vão para outro. Traficante não respeita fronteiras. Por isso, o trabalho em conjunto é de extrema importância – afirmou Leonhart.
O diretor-geral da PF defendeu a formação de parcerias entre blocos de países e citou como exemplo um que o Brasil mantém com o Paraguai:
– A maconha produzida no Paraguai tem como destino o Brasil na sua quase totalidade. Se ficássemos no conceito antigo, poderíamos dizer que esse é um problema do Paraguai.
Em 2009, segundo Corrêa, essa estratégia resultou em 900 hectares destruídos no Paraguai, o equivalente a 2,3 mil toneladas prontas para consumo que deixaram de entrar no mercado brasileiro. A expectativa do diretor-geral da PF é que todos os blocos estabeleçam cooperação também na investigação dos paraísos fiscais:
– O fluxo financeiro precisa ser interrompido com os carregamentos.
Sobre o crack, a nova chaga da sociedade brasileira, Corrêa afirmou que o aumento do consumo em diversas cidades do país se deve ao combate eficaz da cocaína trazida na Bolívia.
– O crack, por incrível que pareça, é sinal de sucesso de uma política mundial de repressão. Temos diminuído o acesso ao cloridrato e aí surge um subproduto tão maléfico, tão doloroso, e as quadrilhas vão se adequando a esse mercado – explicou.
Em discurso na cerimônia de abertura da International Drug Enforcement Conference (Idec), a maior conferência mundial antidrogas, na manhã de ontem no Rio, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, defendeu a união de esforços de todos os países no combate ao narcotráfico. A proposta do gaúcho Corrêa é a divisão de responsabilidade entre países produtores, de trânsito e países consumidores no enfrentamento dos problemas derivados das drogas.
Segundo ele, o objetivo é evitar a estigmatização dos dois primeiros grupos de países (produtores e de trânsito), entre os quais estão os da América do Sul, para que suas populações não sejam prejudicados.
O Brasil entende que os EUA não devem mais se restringir à função de vítimas, como meros consumidores de produtos feitos em outros lugares, e sim assumir suas responsabilidades.
– Não pode ter protagonismo, e sim cooperação. Não pode ter imposição de conceitos, e sim cooperação na construção deles – afirmou Corrêa na conferência, aberta no Hotel Windsor.
O evento, que conta com a participação de mais de 90 países, foi organizado em conjunto pela agência antidrogas dos EUA, a Drug Enforcement Administration (DEA), e pela PF. De acordo com a administradora da DEA, Michele Leonhart, o foco da conferência é discutir o combate ao narcotráfico e reprimir a figura do intermediário, aquele que permanece à sombra do traficante e proporciona, no final da cadeia, a lavagem de dinheiro.
– Muitas operações começam em um país e vão para outro. Traficante não respeita fronteiras. Por isso, o trabalho em conjunto é de extrema importância – afirmou Leonhart.
O diretor-geral da PF defendeu a formação de parcerias entre blocos de países e citou como exemplo um que o Brasil mantém com o Paraguai:
– A maconha produzida no Paraguai tem como destino o Brasil na sua quase totalidade. Se ficássemos no conceito antigo, poderíamos dizer que esse é um problema do Paraguai.
Em 2009, segundo Corrêa, essa estratégia resultou em 900 hectares destruídos no Paraguai, o equivalente a 2,3 mil toneladas prontas para consumo que deixaram de entrar no mercado brasileiro. A expectativa do diretor-geral da PF é que todos os blocos estabeleçam cooperação também na investigação dos paraísos fiscais:
– O fluxo financeiro precisa ser interrompido com os carregamentos.
Sobre o crack, a nova chaga da sociedade brasileira, Corrêa afirmou que o aumento do consumo em diversas cidades do país se deve ao combate eficaz da cocaína trazida na Bolívia.
– O crack, por incrível que pareça, é sinal de sucesso de uma política mundial de repressão. Temos diminuído o acesso ao cloridrato e aí surge um subproduto tão maléfico, tão doloroso, e as quadrilhas vão se adequando a esse mercado – explicou.
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