Tipo:
Notícias
O evento fora dos campos
Ao caminhar por entre as sete quadras de futebol do Centro de Treinamento do Grêmio, em Eldorado do Sul, onde acontece o XVII Torneio Nacional de Futebol Society do Ministério Público, percebe-se que o movimento e as interações não se dão apenas dentro dos campos, mas especialmente fora deles.
Ao caminhar por entre as sete quadras de futebol do Centro de Treinamento do Grêmio, em Eldorado do Sul, onde acontece o XVII Torneio Nacional de Futebol Society do Ministério Público, percebe-se que o movimento e as interações não se dão apenas dentro dos campos, mas especialmente fora deles.
Embaixo da sombra de uma árvore, atletas fazem aquecimento e massagem antes de disputar uma partida. Ermenegildo Nava, de Araçatuba (SP), por exemplo, recebia tratamento especializado da fisioterapeuta Marta Aragão, confortavelmente deitado numa maca, enquanto ela lhe trocava bandagens. Marta e o colega Luciano de Abreu, também fisioterapeuta, integram a delegação de São Paulo, e vieram para o Sul para atender exclusivamente aos atletas paulistas. “Temos a preocupação de estimular os jogadores a fazerem aquecimento, alongamento e massagem para soltar a musculatura antes de uma partida. E pós jogo também é fundamental fazer um relaxamento, seja com alongamento, seja com massagem”, explica Luciano. “Especialmente na minha idade, é preciso dar mais atenção aos músculos e tendões, para garantir a participação até o final do Campeonato”, complementa Ermenegildo, que compete na categoria Sênior. “No primeiro dia, todos estão inteiros, mas a partir do segundo dia, começam as baixas”, brinca Marta.
Mais adiante, a tenda que vende erva-mate e utensílios para um bom chimarrão é atração. Embora com um copo de cerveja nas mãos, Lívia Medina da Paz, Iara Girão Bandeira Leão e Joana Leocádia Tabatininga Cardoso, todas esposas de atletas do Piauí, posam para a foto e brincam com a possibilidade de beber o mate amargo. “Nos surpreendemos com esse dia quente e de sol. Viemos preparadas para o frio, trouxe até botas de cano alto”, conta Lívia. Joana, esposa do presidente da Associação Piauiense, Hugo de Sousa Cardoso, prometeu que, até o final do dia, iria experimentar a tradicional bebida gaúcha.
Outro que também explorava os produtos da tenda do chimarrão era o amazonense Otávio Gomes e sua esposa, Arliete Gomes. Enquanto ela tentava amenizar a sensação de calor, Otávio era só alegria: “Está tudo perfeito: a receptividade foi ótima, a organização impecável e, o mais importante, o clima de confraternização e congraçamento está por toda parte”, elogiou. Otávio fez questão de dizer que recentemente concluiu a leitura da biografia de Getúlio Vargas e ficou mais motivado para enfrentar cinco horas de avião até o RS e sentir de perto a cultura e as belezas gaúchas. Porém, apesar de toda essa admiração, Otávio sacou de dentro da mala um pote cheio de farinha de mandioca da sua terra: “Essa farinha é cultivada por índios da Amazônia, que vivem a 800 quilômetros de Manaus, na minha cidade Natal, Santo Antônio de Içá. Não vivo sem ela”, brinca o promotor, falando uma grande verdade.
O trio formado pelos paraibanos Oswaldo Trigueiro, Otacílio Cordeiro e Bergson Formiga descansava na sombra e assistia às partidas que ocorriam nos campos ao seu redor. Formiga, presidente da Associação Paraibana do MP, era o mais relaxado, deitado na grama e passando o tempo envolvido com o telefone celular. Pela manhã, os três haviam jogado uma partida contra o time da ANPR, que apesar de ter resultado em zero a zero, exigiu esforço físico dos atletas ao se exercitarem debaixo do sol forte. “Participamos todos os anos desse Campeonato desde 2003 e posso afirmar que esta edição está um espetáculo: campos ótimos, arbitragem competente e espaço amplo e agradável”, elogiou Trigueiro. Já Otacílio, o mais extrovertido dos três jogadores, fez questão de lembrar: “Nosso time já foi duas vezes vice-campeão na Super Master e duas vezes campeão no Campeonato Estadual da Região Nordeste. No Nordestão, já fui artilheiro finalizando quatro gols numa competição”, diz, orgulhoso.
Observando tudo com olhar atento, andava o educador físico e coordenador técnico do evento, Renato Lopes, conhecido como Camarão. Ao longo do caminho, falava com uma e com outra pessoa determinando providências para que tudo continuasse transcorrendo bem. É responsabilidade dele cuidar das goleiras, dos campos, da arbitragem, enfim, de todo suporte técnico e humano do evento. Durante oito anos, Camarão foi treinador da AMP/RS e conquistou o primeiro lugar no pódio em todas as categorias, algumas mais de uma vez. Ele avalia que esta é a maior edição do Campeonato Society do MP e credita esse sucesso de participação à boa fama futebolística dos gaúchos, além, é claro, da coordenação e execução profissional da competição. “Considero como ponto forte desse evento a nossa capacidade de poder atender a tantos membros do MP de quase todos os estados brasileiros com eficiência, disponibilizando diversos campos de futebol para que as partidas ocorram simultaneamente. O layout do Centro de Treinamento do Grêmio possibilitou concentrarmos diversas disputas simultaneamente e no mesmo local, o que está ajudando muito no andamento da competição”, explica.
Últimas notícias
Loading...
Loading...