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Os meios de comunicação e a responsabilidade social

A atividade dos meios de comunicação tem uma relação uterina com a responsabilidade social. “E, para exercê-la, é preciso ter a compreensão de mundo e da inserção do Brasil neste contexto”, afirma a colunista da Folha de São Paulo, Eliane Catanhêde, durante o painel “A Responsabilidade Social dos Meios de Comunicação”, do segundo dia do VIII Congresso Estadual do Ministério Público. “Eu mesma, embora seja conhecida pelos minhas opiniões duras, procuro sempre encontrar uma fresta de otimismo, pois há leitores de 18, 20 anos que não podem perder a utopia”, complementa a comentarista de política do telejornal SBT Brasil. Sob a mediação do diretor institucional da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e ex-presidente da AMP/RS, Paulo Ricardo Tonet Camargo, Eliane compartilhou o espaço com os diretores de redação Marcelo Rech (Zero Hora) e Telmo Flor (Correio do Povo).
04/08/2006 Atualizada em 21/07/2023 11:02:47
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A atividade dos meios de comunicação tem uma relação uterina com a responsabilidade social. “E, para exercê-la, é preciso ter a compreensão de mundo e da inserção do Brasil neste contexto”, afirma a colunista da Folha de São Paulo, Eliane Catanhêde, durante o painel “A Responsabilidade Social dos Meios de Comunicação”, do segundo dia do VIII Congresso Estadual do Ministério Público. “Eu mesma, embora seja conhecida pelos minhas opiniões duras, procuro sempre encontrar uma fresta de otimismo, pois há leitores de 18, 20 anos que não podem perder a utopia”, complementa a comentarista de política do telejornal SBT Brasil.


Sob a mediação do diretor institucional da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e ex-presidente da AMP/RS, Paulo Ricardo Tonet Camargo, Eliane compartilhou o espaço – no Centro de Convenções do Hotel Continental, em Canela – com os diretores de redação Marcelo Rech (Zero Hora) e Telmo Flor (Correio do Povo).


Em sua intervenção bastante aplaudida, Eliane lembrou a história recente do Acre que procura a ética e a moralização depois de homens públicos do Estado terem se envolvido em sucessivos episódios de corrupção e violência. “Nós, imprensa e Ministério Público, temos a responsabilidade social de discutirmos se vamos lutar por uma experiência do Acre ou da Venezuela e da Bolívia, onde as instituições – entendidas como Judiciário, Igreja, meios de comunicação e empresas – falharam e produziram resultados como Hugo Chávez e Evo Morales respectivamente”, disse Eliane.


Sem vínculo emocional, não tem efeito


Marcelo Rech destacou que os jornais são os guardiões da tradição de levantar e defender causas coletivas. Entre os exemplos, citou as campanhas “Alfabetizando”, empreendida pelo jornal NH, de Novo Hamburgo, e as desenvolvidas pela RBS, a partir de 2003,  “O amor é a melhor herança – cuide das crianças” e “Educar é tudo”. “Contudo, não adianta só fazer a denúncia, é preciso também ajudar a resolver o problema e realizar as atividades com vínculo emocional. Caso contrário, não tem efeito”, avaliou.


O diretor editorial dos sete jornais da RBS esclareceu, ainda, que só as matérias não vão concretizar transformações positivas: “Isso apenas irá acontecer se houver uma mudança cultural com origem na família, até porque, embora se diga que a mídia é o quarto poder, na verdade, não tem tanto poder assim”.


Jornalismo público


Para Telmo Flor, uma das conseqüências do movimento de responsabilidade social que se disseminou nas últimas décadas, é sensibilização a respeito de conceitos e da separação de filantropia e caridade, confundidas com responsabilidade social. 


O diretor de redação do Jornal Correio do Povo, trouxe uma referência do jornalista e professor universitário norte-americano Philip Meyer sobre o “jornalismo público”. “O objetivo é construir, a partir do conteúdo jornalístico, o desejo da comunidade”, explica Telmo.


Ao mesmo tempo, na ânsia por visibilidade e divulgação, há uma corrida às ações ditas de responsabilidade social. “Existe a possibilidade de uma eventual instrumentalização dos jornais por determinados setores. Mas os jornalistas também podem empreender uma reflexão sobre um tema do qual jamais deveriam se afastar”, continua Telmo, que tem convicção sobre uma questão: “Jornalismo socialmente responsável é o jornalismo bem feito cotidianamente”. 


Fotos: Instituição do MP

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