Nove ex-procuradores-gerais de Justiça do Rio Grande do Sul participaram, nesta terça-feira, de reunião com o atual chefe da Instituição, Marcelo Dornelles. O encontro, realizado na sede da Instituição, tratou de analisar a crise financeira do Estado, a partir do relato do Executivo, que na noite anterior convocou chefes de Poderes e instituições para a formação de um grupo de trabalho para enfrentar o problema. O presidente da AMP/RS, Sérgio Harris, participou da reunião.



Na abertura do encontro, Dornelles fez um breve relato sobre a situação das contas públicas, com base nas informações divulgadas pelo governador José Ivo Sartori. Na sequência, os ex-PGJ, que foram unânimes ao avaliar de forma positiva a posição adotada pelo MP nestes primeiros meses de gestão, concordaram quanto à necessidade de o Ministério Público dar sua contribuição neste momento, com a implementação de medidas internas para reduzir custos e através da atuação de seus membros, especialmente no combate aos crimes tributários. “Queremos manifestar aqui o nosso apoio às decisões do procurador-geral de Justiça que tenham como objetivo auxiliar o Estado do Rio Grande do Sul neste momento difícil”, disse Paulo Olímpio Gomes de Souza, que chefiou a Instituição de 1987 a 1991.



PELO ENFRENTAMENTO DA DÍVIDA COM A UNIÃO

Para o presidente da AMP/RS, Sérgio Harris, o encontro foi extremamente válido e demonstrou o espírito democrático que vem marcando o início da gestão do procurador-geral Marcelo Dornelles, que compartilhou os desafios enfrentados pela Instituição frente à crise do Estado, utilizando a experiência acumulada dos procuradores-gerais que o antecederam, além da visão classista, na busca de soluções para este delicado momento. Em sua fala, o dirigente classista afirmou perante o qualificado "conselho" que, sem o enfrentamento direto da dívida pública entre o Estado e a União, todas as medidas serão paliativas ou de curto prazo, salientando que a AMP/RS, junto com outras tantas entidades, debruçou-se durante um bom tempo na análise do tema, sendo que os resultados dos estudos apontam que, a continuar nesse ritmo, mesmo com todo o sacrifício tributário e no corte de gastos, o débito estará maior daqui a 10 anos.  



PRESENÇAS

Também participaram da reunião os ex-procuradores-gerais de Justiça, Augusto Borges Berthier, Francisco de Assis Luçardo, Sérgio Gilberto Porto, Cláudio Barros Silva, Roberto Bandeira Pereira, Mauro Henrique Renner, Simone Mariano da Rocha e Eduardo de Lima Veiga; os subprocuradores-gerais de Justiça, Paulo Emilio J. Barbosa, Ana Cristina Petrucci e Fabiano Dalazzen; a chefe de Gabinete, Karin Sonhe Genz; e o diretor-geral do MP, Roberval Marques.