Polícia quer apressar combate à corrupção
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda, sugeriu em depoimento à CPI dos Correios, nesta terça-feira (24/1), que o Congresso acelere a aprovação de projetos para aperfeiçoar os mecanismos de investigação contra corruptos. Entre outros, citou o que daria mais instrumentos à polícia para prender acusados, como o publicitário Marcos Valério.
A proposta prevê que nos crimes de alta relevância social, como corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, a polícia possa fazer a prisão do acusado nos casos de flagrante. A detenção seria possível através de portaria de autoridade polícial, por requisição de representante do Judiciário ou do Ministério Público. Hoje, a prisão só pode ocorrer por decreto expedido pelo juiz.
Lacerda também propôs a aprovação do projeto que cria a chamada "prova emprestada", em que os processos contra uma pessoa poderão ser compartilhados em outro. Atualmente, os processos são distintos. Segundo o diretor-geral, a iniciativa ajudaria no combate à impunidade e à corrupção.
No depoimento, Lacerda admitiu que foi pressionado pelo líder do PP, deputado José Janene, para nomear um indicado do partido à Superintendência da PF no Paraná. Segundo interlocutores do diretor, o parlamentar estaria interessado em frear inquéritos policiais contra ele no estado. Apesar do pedido encaminhado pela PF e Casa Civil, Lacerda disse que se negou a nomear o indicado, que hoje responde a processo no Conselho de Ética.
Fonte: Jornal Correio do Povo