A diretoria da AMP/RS participou, na manhã desta quarta-feira (14), da entrega da XVIII edição do “Prêmio de Jornalismo Ministério Público do Rio Grande do Sul”, realizado no Palacinho do MP. A distinção foi concedida a profissionais da imprensa gaúcha que se destacaram em seis categorias (impressa, TV, rádio, web, fotografia e especial) e que receberam prêmios em dinheiro e comendas concedidas pela AMP/RS e Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP), além de um final de semana em Canela.



Promovido pelo MP, com apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e patrocínio do Hotel Continental Canela, o prêmio deste ano também serviu de homenagem póstuma ao jornalista Ricardo Grecellé, assessor de imprensa do MP gaúcho por 15 anos, morto recentemente em um acidente. Por decisão institucional, anunciada pelo mentor da premiação, o jornalista do MP Marco Aurélio Nunes, o troféu da categoria especial da premiação terá, a partir de 2017, o nome de Grecellé.



PREMIADOS

Ao todo, 68 trabalhos foram apreciados pela banca julgadora no último dia 1º de dezembro, sendo destacadas as matérias “Mediação resolve conflitos na Tinga”, de autoria da jornalista Aline Custódio, do Jornal Diário Gaúcho  (Impressa- 1º lugar) e “A vida renasce às margens do Rio Taquari”, de autoria de Carine Krüger, do Jornal Nova Geração, de Estrela (2º lugar- Impressa);  “Superlotado: setor penitenciário vive precariedade na região norte do RS”, de autoria da jornalista Dulci Sachetti e equipe, da RBS TV (1º lugar - Reportagem/TV) e “Fraude nas leis de incentivo ao esporte”, do jornalista Giovani Grizotti e equipe, também da RBS TV (-2º lugar - Reportagem/TV); reportagem “Regime sempre aberto”, de autoria dos jornalistas Cid Martins, Fábio Almeida e equipe, da Rádio Gaúcha (1º lugar- Rádio) e “MP combate tortura e milícia no RS”, de autoria do jornalista Eduardo Matos, também da Gaúcha (2º lugar- Rádio) ; “Inferno no Centro”, de Felipe Truda e Hygino Vasconcellos, do G1/RS (1º lugar- Mídia Web).



Em fotojornalismo, os vencedores foram os fotógrafos Frederico Jorge Sehn, do Jornal Nova Geração, de Estrela, com imagem que retratou o o plantio de árvores às margens do Taquari (1º lugar- Fotografia) e Ronaldo Bernardi, da Zero Hora, com registro de registrando cumprimento de mandado na Fasc durante a operação Rush (2º lugar- Fotografia). Já o Prêmio Especial destacou a atuação do MP na defesa do consumidor e foi concedido à jornalista Nádia Strate e equipe, da RBS TV Santa Cruz do Sul, com a reportagem “Empresa é interditada por vender água contaminada no RS”.



Em nome da AMP/RS, o presidente da entidade, Sérgio Harris, entregou o troféu aos premiados Giovani Grizotti e equipe. Em sua manifestação, Harris destacou a importância da parceria entre MP e imprensa e relatou a ameaça que o PL que trata do abuso de autoridade, previsto para ser votado ainda hoje no Senado, representa à liberdade de imprensa. “Para a AMP/RS é um privilégio participar desse prêmio. Temo, talvez, que seja a última edição nesse formato,  por conta do projeto de abuso de autoridade, que proíbe qualquer juiz ou promotor de prestar informações sobre investigações”, lembrou.



Já os vice-presidentes Martha Beltrame e João Ricardo Santos Tavares entregaram a distinção aos
jornalistas Carine Krüger e Felipe Truda e Hygino Vasconcellos,
respectivamente.















PARCERIA INSTITUCIONAL

O presidente da FMP, David Medina da Silva, falou das semelhanças  entre o MP e o jornalismo, destacando o objetivo de “construir uma sociedade melhor”.  Em nome da ARI,  a diretora Laura Glüer enfatizou o trabalho de excelência dos membros do MP na área investigativa e defendeu a parceria entre imprensa e Instituição. Em nome dos agraciados, Cid Martins também resgatou a memória do colega Grecellé e a parceria institucional e defendeu que o MP continue independente para investigar e melhor servir à sociedade. “Os senhores fazem a diferença para o país. Obrigado”, disse.



Ao encerrar o evento, o procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles, lembrou que a origem da premiação visava a aproximação ministerial com a imprensa “em busca da verdade e democracia”. Destacando que a data também marcava o Dia Nacional do Ministério Público, enfatizou que a classe não teria muito a comemorar, pois, embora a atuação bastante variada do MP, a instituição enfrenta um dia difícil, no qual será votado o projeto de abuso de autoridade. “Nossa mobilização não adiantou de nada, pois tudo o que está sendo votado esta semana reflete no MP, Judiciário e na imprensa. Então, não temos o que comemorar e não podemos nos calar com isso”, disse.



O PGJ falou ainda do pacote enviado pelo governador Sartori à Assembleia, onde também pairam ameaças ao MP, como a votação da alteração do repasse do duodécimo aos Poderes. Segundo ele, nos últimos 10 anos, o orçamento das Instituições diminuiu 40% e, hoje, representa 8% da dotação orçamentária do Executivo. “Vão nos podar como se não fizéssemos sacrifícios nem fôssemos solidários. Se isso acontecer, perderemos 15% do nosso orçamento, com a alteração do duodécimo. Apesar disso, vamos em frente, somos guerreiros e vamos em frente”, concluiu.



PRESENÇAS

Também prestigiaram a premiação promotores de Justiça que atuam no Interior, o subprocurador para Assuntos Instucionais do MP, Fabiano Dallazen e o corregedor-geral  Ruben Giugno Abruzzi .