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Promotor aposentado é palestrante na Semana do MP de Santiago

Estudantes, autoridades, representantes de entidades e comunidade lotaram o salão do Círculo Militar em Santiago para participar das atividades da Semana do Ministério Público, realizada pela primeira vez no município, junto à Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) e à Associação do Ministério Público (AMP). O encontro, prestigiado por mais de 200 pessoas, teve como tema Os Rumos do Processo Penal Brasileiro, como propósito de abordar desafios dos operadores do Direito neste campo de atuação. As atividades aconteceram na noite desta quarta-feira, 20.

21/10/2010 Atualizada em 21/07/2023 10:59:12
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Estudantes, autoridades, representantes de entidades e comunidade lotaram o salão do Círculo Militar em Santiago para participar das atividades da Semana do Ministério Público, realizada pela primeira vez no município, junto à Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) e à Associação do Ministério Público (AMP). O encontro, prestigiado por mais de 200 pessoas, teve como tema Os Rumos do Processo Penal Brasileiro, como propósito de abordar desafios dos operadores do Direito neste campo de atuação. As atividades aconteceram na noite desta quarta-feira, 20.





santiago1.jpgA coordenadora do Centro de Apoio da Infância e da Juventude, Maria Ignez Franco Santos, representou a procuradora-geral de Justiça, Simone Mariano da Rocha, e salientou a relevância do debate: “Não se pode negar que o Brasil vive uma crescente criminalidade, o que faz do processo penal um tema que merece reflexão”. Para Maria Ignez, a participação de jovens acadêmicos também é fundamental na discussão, “porque é através da juventude, das faculdades de Direito e de toda população que poderemos refletir em busca de um país melhor”.





santiago4.jpgA maior aproximação do MP com a sociedade também foi destacada pelo vice-presidente da Associação do Ministério Público (AMP), Maurício Trevisan, como um dos objetivos e resultados da Semana do MP, “para que as pessoas saibam não apenas o que é ou o que faz o Ministério Público, mas também quem são os Promotores de Justiça e qual seu papel”. Ele também falou da importância da interiorização das atividades da Semana do MP, anteriormente realizadas nas maiores comarcas. Segundo ele, levar o evento para cidades menores oportuniza que mais pessoas tenham acesso aos debates proporcionados nas atividades.



O palestrante convidado da noite, promotor de Justiça aposentado e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) José Fernando Gonzalez, prendeu a atenção do público. “A lei, e com ela os órgãos de segurança, existem para atender às nossas necessidades. Quando mudamos as leis, o fazemos na expectativa de mudar nossas vidas”, lembrou, no início da explanação, Gonzalez. Assim, disse ele, “o processo existe, ou deveria existir, para beneficiar a todos nós. Se não for feita para nosso benefício, será uma lei errada”.





Ele fez um breve histórico do Direito Penal, do crescimento de sua relevância e das mudanças na legislação exigidas por modificações na própria sociedade. “Por que estamos na janela dos jornais todos os dias? Porque estamos experimentando no país doses cavalares de insegurança. Matamos mais do que em qualquer guerra. No ano passado foram 60 mil mortes no Brasil”, disse ao questionar até que ponto os operadores e acadêmicos de Direito estão dando ao assunto a devida importância e avançando na discussão sobre o tema.



Gonzalez lembrou o que chama de distorções da lei, lembrando que a impunidade ou suavidade da pena nos casos de crimes graves e mesmo nos chamados crimes de colarinho branco levam o Direito Penal a perder o efeito de freio do comportamento. “O Direito Penal tem que funcionar como um instrumento de temor. Porque se não houver temor, perderá seu efeito pedagógico. Tem que ser um elemento cultural na sociedade. E isso nós temos que discutir. Não defendo um Direito Penal mais rigoroso, mas sim um Direito Penal mais razoável”, reiterou.





A partir dessa realidade, falou sobre o processo penal, instrumento de garantias. “Ele deve ser garantista não por conta dos criminosos, mas por todos nós, porque um dia poderemos ser réus. Porque os representantes do Estado, da Justiça, são humanos, e humanos erram, além de ser necessário impedir que se cometa qualquer espécie de arbítrio sobre o indivíduo”.



santiago2.jpgPara concluir, o mediador, promotor de Santiago Daniel Cozza Bruno, observou que “o MP é o lugar de ouvir as pessoas, auxiliá-las. Conviver com a sociedade e servir ao cidadão brasileiro”.



Diversas autoridades compareceram, entre elas a professora Michele Beltrão, representante do Diretor-Geral da URI; a secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Sônia Maria Rizatto Ruberti; o presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Santiago, Davi Vernier; os promotores de Justiça Claudio Antonio Estivallet Junior e Luiz Antônio Barbará Dias; a defensora Pública de Santiago, Caroline Ribeiro Rodrigues; a coordenadora do curso de Direito da URI, Adriani Damian Pereira; a vice-presidente da OAB subseção de Santiago, Eveline Simões, a juíza do Trabalho, Bernarda Núbia Toldo; a juíza Federal Cristiani Frerier Certon, entre outros.


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