A promotora de Justiça Caroline Gianlupi, que acompanha o caso do acidente ocorrido na manhã de domingo, causando duas mortes na Estrada do Mar, recorreu da decisão do juiz de Capão da Canoa, negando a prisão preventiva à modelo Tatieli da Silva Costa e ao vereador Paulo Afonso da Rosa Correa Júinior. Os dois estavam no Vectra que invadiu a contramão e colidiu contra um Prisma e um Corsa, matando a bailarina Alaíde da Silva Linck e o taxista Ivo Ferrazo.

Segundo ela, esse é um fato gravíssimo, de repercussão muito grande e que merece ser analisado de forma mais ampla. "Tenho esperança de que o Tribunal vá reformar a decisão. A sociedade caminha para um sentido de conscientização quanto à associação de bebida e direção, mas apesar disso o juiz fez uma leitura muito técnica. Creio que ele poderia ter considerado outras questões na hora de decidir pela liberdade", disse a promotora, que integra o Programa Veraneio e foi designada para o caso.

O tema também foi debatido nos programas Conversas Cruzadas, da TVCOM, e Polêmica, da Rádio Gaúcha. Nos dois programas, os promotores David Medina da Silva e Eugênio Amorim, além do procurador Delmar Pacheco da Luz, defenderam a posição da colega, amparados pelos resultados favoráveis das interativas. No Conversas Cruzadas, 93% dos telespectadores acolheram a linha de pensamento do MP.

Na manhã desta quinta-feira, o coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal participou do Polêmica, conduzido pelo jornalista Nando Gross. Em suas manifestações, procurou destacar a necessidade de que crimes de trânsito sejam punidos com rigor. "Não se pode admitir a banalização dos cemitérios. E isso é o que vem ocorrendo quando um motorista assume o volante de um carro sem adotar os cuidados necessários para com a vida, seja a dele próprio ou a de terceiros", disse Medina.

Na quarta-feira à noite, o promotor Eugênio Amorim e o procurador Delmar Pacheco da Luz debateram com os advogados criminalistas Marco Aurélio Moreira de Oliveira e Jader Marques. Na oportunidade, eles também sinalizaram que a sociedade quer maior rigor contra quem provoca acidentes graves no trânsito.



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