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Promotores que atuaram no júri do Caso Bernardo são homenageados

Os promotores de Justiça Bruno Bonamente e Ederson Vieira e a promotora Silvia Jappe receberam, nesta sexta-feira (22), o reconhecimento do Ministério Público ao trabalho realizado durante o processo e julgamento do Caso Bernardo. Em encontro com membros da Administração Superior e da Associação do Ministério Público, na sede Institucional do MP, em Porto Alegre, os três foram homenageados com Voto de Louvor pela “dedicação e eficiência em sua atuação no Tribunal do Júri, demonstrando elevado comprometimento com a justiça e contribuindo de forma significativa para o prestígio do Ministério Público do Rio Grande do Sul”.
22/03/2019 Atualizada em 21/07/2023 10:59:15
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Os promotores de Justiça Bruno Bonamente e Ederson Vieira e a promotora Silvia Jappe receberam, nesta sexta-feira (22), o reconhecimento do Ministério Público ao trabalho realizado durante o processo e julgamento do Caso Bernardo. Em encontro com membros da Administração Superior e da Associação do Ministério Público, na sede Institucional do MP, em Porto Alegre, os três foram homenageados com Voto de Louvor pela “dedicação e eficiência em sua atuação no Tribunal do Júri, demonstrando elevado comprometimento com a justiça e contribuindo de forma significativa para o prestígio do Ministério Público do Rio Grande do Sul”.



tresp2.jpgO procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, destacou que os promotores atuaram como uma equipe perfeitamente afinada durante o julgamento, reforçando a imagem de todo Ministério Público. “A atuação de vocês, independente do resultado, elevou o Ministério Público, pela qualidade técnica que demonstraram e, especialmente, pela perfeita integração entre os três. A força que adquirimos quando atuamos em equipe ficou evidenciada pela postura de vocês, pela forma que conduziram o trabalho, antes e durante o Tribunal do Júri. Somos um único MP, e essa consciência é fundamental para que possamos avançar como instituição. A consciência de que quando você tem êxito em um processo de tamanha envergadura, todo o Ministério Público ganha”, disse o PGJ. Ressaltou, ainda, o papel de cada um dos promotores em todo o processo e dos demais membros e servidores que deram suporte ao trabalho em Três Passos, lembrando do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça com atuação no Tribunal do Júri (Provimento 09/2018), instituído em 2018 e através do qual foi realizada a designação do promotor de Justiça de Lajeado, Ederson Vieira, para atuar no julgamento ao lado do promotor natural da Comarca, Bruno Bonamente, e da promotora Silvia Jappe, única que acompanhou o caso desde a fase inicial.



A presidente da AMP/RS, Martha Beltrame, parabenizou a instituição pelo apoio e acompanhamento no caso e destacou a positiva repercussão interna e externa da atuação dos três promotores, especialmente para o Tribunal do Júri. “A atuação de vocês, transmitida ao vivo, projetou e reforçou o trabalho realizado no Tribunal do Júri”, disse. Ela também lembrou que sua presença em durante parte do julgamento em Três Passos, como presidente da entidade, teve como objetivo apoiar e valorizar o trabalho do Ministério Público no caso. “A palavra que me ocorre é equilíbrio, foi isso que vocês passaram para milhares de pessoas que acompanharam o júri pela internet”, sublinhou.



A EQUIPE QUE REPRESENTOU O MP NO JÚRI

O promotor titular da Comarca de Três Passos, Bruno Bonamente, fez questão de citar todos os membros e servidores do MP que contribuíram para a condenação dos quatro réus, agradecendo o apoio incondicional da Administração Superior e o reconhecimento formalizado pelo Voto de Louvor concedido. “Queria agradecer pela confiança da Administração que, apesar da minha pouca experiência, me permitiu conduzir este trabalho e participar da escolha dos integrantes da equipe que atuou no júri. Humildemente reforço aqui meu sentimento de gratidão e de dever cumprido”, falou ele.



A Comarca de Três Passos foi a primeira da promotora Silvia Jappe, que ainda não havia assumido oficialmente o cargo quando o corpo do menino foi encontrado. “Quando assumi e comecei a atuar no caso tudo era novo e tão desafiador, porque minha experiência anterior era na área cível, como assessora no Judiciário. Passados cinco anos, percebo que mesmo os promotores mais experientes seriam surpreendidos e desafiados ao atuarem neste processo, que é singular em vários aspectos”, ressaltou. Disse ainda que, além de experiência, o trabalho realizado renovou sua vontade de atuar como promotora de Justiça e de fazer a diferença para sociedade.



Por fim, o mais experiente dos três, promotor de Lajeado Edson Vieira, disse que sua designação para atuar no júri do Caso Bernardo foi o maior presente que recebeu em sua carreira. “Quando comecei a me preparar para o júri, mesmo atuando em três Promotorias, eu não via a hora de voltar pra casa e começar a estudar o processo”, revelou. O promotor disse também que o apoio da Administração foi essencial. “Enfrentamos toda a complexidade deste caso e a pressão da opinião pública, cientes de que, se fizéssemos a nossa parte, o trabalho para o qual fomos escolhidos, teríamos cumprido nossa missão”, disse.
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