Receptividade entusiasma na Semana do MP de Cachoeira do Sul
A receptividade da I Semana do Ministério Público de Cachoeira do Sul superou as expectativas do organizador e coordenador do núcleo Santa Cruz do Sul da Amprgs, João Ricardo Santos Tavares. “Em média, 300 pessoas assistiram às palestras em cada um dos três dias. Considerando que o curso de Direito da Ulbra conta com um pouco mais de 400 alunos, é um público muito bom”, avaliou o promotor. Tavares antecipou que há pleno interesse da Amprgs e do MP em continuar realizando a Semana: “Agora, vamos ver a posição da Ulbra, nossa parceira. O objetivo é que o evento se torne uma tradição”.
No encerramento, na sexta-feira (16/9), o senador Pedro Simon discorreu sobre “Por um Brasil mais ético”. A fala de Simon teve na platéia o presidente da Amprgs, Carlos Otaviano Brenner de Moraes; o vice-presidente de núcleos da Associação, Fabiano Dallazen; o promotor Antônio Carlos de Avelar Bastos, representante do procurador-geral de Justiça do Estado, Roberto Bandeira Pereira; o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP); o presidente da Câmara de Vereadores, Luciano Figueiró; o coordenador do curso de Direito da Ulbra/Cachoeira, José Cezar Pereira da Silva Filho; acadêmicos; lideranças peemedebistas; demais representantes do MP e público em geral.
Senador critica postura do Governo Lula
A palestra do senador Pedro Simon foi uma das mais concorridas dos três dias de atividades no Auditório do Campus Cachoeira do Sul, da Ulbra. Mais de 400 pessoas ouviram um dos principais líderes do partido no país defender a democracia e criticar o que chamou de postura equivocada do Governo Lula. Para o senador, a crise política e a corrupção não são novidades, mas não escondeu a frustração de ver o PT mergulhado num mar de denúncias.
Na ótica do senador, que cumpre seu quarto mandato, as comissões parlamentares de inquérito (CPIs) representam apenas a primeira etapa de um processo que necessita ir mais adiante. “Já sabemos quem são os corruptos, mas precisamos conhecer também quem são os corruptores,” salientou. Além disso, o Brasil precisa criar leis que assegurem que esse tipo de problema não se repita no futuro, completou.
Já coletiva com a imprensa, o senador afirmou que o Brasil precisa deixar de ser o país da impunidade. Segundo ele, o Fome Zero era para ser um programa modelo, um projeto revolucionário. Porém, faltaram recursos para implementar a idéia, que deveria erradicar um grave problema nacional, a fome. “No entanto, há dinheiro para comprar deputados,” disparou o líder do PMDB.
"É preciso prevenir a corrupção", diz Otaviano
O Brasil precisa criar mecanismos preventivos contra a corrupção, começando pela mudança do próprio sistema. A consideração foi feita na sexta-feira (16/09) pelo presidente da Amprgs, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, no encerramento da Semana.
Para o ele, o modelo político-administrativo do Brasil favorece às estruturas de corrupção. “Aqui, a presidência da República pode preencher entre 22 a 25 mil cargos de confiança, e o que se vê é uma verdadeira corrida por órgãos, como a Petrobras. Para se ter idéia, o presidente da França, por exemplo, só pode contar com no máximo 500 assessores,” comparou.
O procurador salientou também que a diversidade de partidos e o sistema centralizador acabam favorecendo à corrupção. A sociedade e as instituições terão papéis decisivos para mudar esse contexto, finalizou Otaviano.
Fonte: Jornal do Povo