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Restrição ao consumo de álcool passa por conscientização familiar

Uma constatação surpreendente deverá mobilizar a Promotoria da Infância e Juventude a partir de março, quando se inicia o ano letivo nas escolas gaúchas. Ao contrário do que se poderia imaginar, não é na rua que reside o principal adversário no enfrentamento ao consumo de bebidas alcoólicas entre os adolescentes. O incentivo estaria dentro de casa, abrigado pelos próprios pais.
13/01/2010 Atualizada em 21/07/2023 11:02:35
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Uma constatação surpreendente deverá mobilizar a Promotoria da Infância e Juventude a partir de março, quando se inicia o ano letivo nas escolas gaúchas. Ao contrário do que se poderia imaginar, não é na rua que reside o principal adversário no enfrentamento ao consumo de bebidas alcoólicas entre os adolescentes. O incentivo estaria dentro de casa, abrigado pelos próprios pais.

 

A hipótese será tema de reuniões que deverão ser realizadas entre o MP, o Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado no Estado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e uma série de entidades. O grupo assinou em dezembro passado termo de cooperação técnica e operacional para coibir a venda desses produtos a menores em festas de formatura dos ensinos Fundamental e Médio na Capital.



Pelo acordo, o Sinepe orientaria seus associados a observar uma série de diretrizes e recomendações no tocante a essas festas com o objetivo de afastar os jovens da droga. Empresas promotoras de eventos, também aderiram à medida, ficariam responsáveis inclusive por reforçar o cerco à bebida junto aos ecônomos dos estabelecimentos onde ocorreriam as festas.



A questão, diz a promotora Noara Bernardy Lisboa, é que a garotada já chega aos locais com álcool no organismo. Via de regra, consomem em família, nas chamadas "concentrações", que antecedem os bailes jovens. "Parece ser uma questão de falta de consciência familiar. Os adultos permitem, e até fornecem bebida em casa, desconsiderando as eventuais consequências. Teremos de nos mobilizar para trabalhar essa questão", alerta a promotora.



Segundo ela, não houve qualquer dificuldade em formalizar a parceria com as promotoras de eventos. "Ao contrário, eles estavam dispostos até a assinar um termo de ajustamento de conduta e se submeter ao pagamento de multas em caso de descumprimento. O interesse em evitar confusões causados pelo álcool também é deles". Em março, Noara pretende apurar informações sobre a eficácia do acordo e sentar com as instituições para definir um plano de ação. Mas já tem uma certeza: um dos próximos passos deverá ser a conscientização dos pais.





O termo assinado em dezembro congregou, além do Ministério Público, o Comando de Policiamento da Capital da Brigada Militar, a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio, o Sinepe-RS, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), a Guadalajara Noche Produtora de Eventos Ltda., a P.O.S. Produções e Publicidade Ltda., a Trade Promoções Ltda., a Six Travel Agência de Viagens e Turismo Ltda. EPP, a Office Expert Marketing Ltda., a Universo Eventos Ltda., a Shock Produtora e o Instituto Igor Carneiro (Ficar).


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