Os vencedores da 11ª edição do Prêmio Jornalismo Ministério Público do Rio Grande do Sul receberam nesta segunda-feira (14) as premiações, em cerimônia realizada no Palácio do MP, no centro da Capital. A comissão julgadora do concurso, integrada pela Procuradoria-Geral de Justiça, Associação do MP, Fundação Escola Superior do MP, Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul examinou 46 trabalhos até chegar à escolha dos melhores. Aos laureados foram distribuídos prêmios em dinheiro, troféus, bem como um final de semana no Hotel Continental, em Canela.

A procuradora-geral de Justiça sublinhou o propósito do prêmio, criado para selecionar as matérias jornalísticas que melhor expressam o trabalho e esclarecem a opinião pública sobre as competências e atribuições constitucionais do MP, bem como a atuação de seus membros junto à sociedade. Simone Mariano da Rocha referiu o leque de atribuições do Ministério Público, a atuação dos seus membros nas mais diversas áreas e o trabalho dos jornalistas que, no dia a dia, “colaboram informando e denunciando a violação de direitos e os casos de corrupção que assolam nosso país, numa sociedade cada vez mais pulverizada por interesses diversos”.

O presidente da AMP, Marcelo Dornelles, recordou a história do prêmio, criado 10 anos após a promulgação da Constituição Federal e idealizado justamente pela dificuldade de compreensão da sociedade do papel do MP. “Hoje, o prêmio alcançou dimensão e o êxito esperado e Imprensa e Ministério Público mantém uma parceria fundamental para defender os anseios da sociedade”, concluiu Dornelles.

O vice-diretor da Fundação Escola Superior do MP, Amilcar Fagundes Freitas Macedo, registrou sua satisfação em participar do evento e da comissão julgadora do prêmio. Para Amilcar, o trabalho do Ministério Público e da Imprensa é uma moeda de dois lados: “uma tem a missão de combater e outra de denunciar”.

PREMIADOS

O jornalista Daniel Scola, da RBSTV, falou em nome dos premiados. Após agradecer a distinção, ressaltou que o Prêmio Jornalismo do MP é um dos mais importantes da categoria. Ele enfatizou que as matérias produzidas e selecionadas acabaram conquistando o prêmio, “mas tudo começou com a atuação dos Promotores que sempre foram sensíveis ao trabalho da Imprensa”. O presidente da ARI, Erci Pereira Thorma, também destacou as reportagens inscritas na 11ª edição, referindo que “o trabalho executado pelo o MP e a Imprensa se confunde e o destinatário é a sociedade”.



 

FOTOGRAFIA

Na categoria Fotojornalismo, o vencedor foi o fotógrafo Ronaldo Bernardi, do jornal Zero Hora, com a sequência de fotos que mostram o flagrante de furto de caminhões, publicada dia 26 de maio deste ano. O segundo lugar foi conquistado pelo fotógrafo Daniel Marenco, também de Zero Hora, com fotos que mostram a precariedade do Presídio Central, publicadas no dia 16 de novembro de 2008.

TELEVISÃO

Na categoria Reportagem/TV, ganhou a série de reportagens “Caos nos presídios”, de autoria do jornalista Daniel Scola, exibida nos dias 23, 24 e 25 de março deste ano, na RBS TV, mostrando que os locais que deveriam ser para recuperação de presos, estão superlotados e servem como redutos de facções criminosas. Em segundo lugar ficou a reportagem “Transformando caça-níqueis”, de autoria da jornalista Aline Schneider, exibida dia 10 de julho deste ano na TV Record, tratando da transformação das máquinas de jogos em diversos utensílios e objetos de decoração.



MÍDIA IMPRESSA

O primeiro lugar na categoria Reportagem/Impressa foi conquistada pela reportagem “Condenados à liberdade”, de autoria dos jornalistas Francisco Amorim e Humberto Trezzi, publicada no dia 21 de junho deste ano pelo Jornal Zero Hora e que discorre sobre o drama da superlotação carcerária e a luta do Ministério Público para reverter decisões judiciais. O segundo lugar foi obtida pela matéria “Promotores do diálogo”, de autoria dos jornalistas Emilio Rotta e Ermilo Drews, publicada no dia 11 de novembro deste ano no Jornal O Informativo do Vale, de Lajeado, que trata da conduta de Promotores de Justiça que têm ajudado suas comunidades.

RÁDIO

Na categoria Reportagem/Rádio, venceu a reportagem “Operação Grande Família – Um golpe no tráfico de drogas na Região Metropolitana de Porto Alegre”, de autoria do jornalista Cid Martins, veiculada em 22 de outubro deste ano na Rádio Gaúcha narrando a ação que desarticulou a maior quadrilha de tráfico de entorpecentes da Capital. A segunda colocação ficou com a reportagem “Jovens de Santa Cruz transformam Internet em área para espalhar vídeos que mostram badernas, bebedeiras e brigas”, de autoria do jornalista José Renato Andrade Ribeiro, veiculada em 20 de fevereiro deste ano na Rádio Gazeta AM 1180, de Santa Cruz do Sul, que ilustra situações que ocorriam na cidade.