A AMP/RS será uma das sete entidades que fará parte do Instituito Crack Nem Pensar, lançado nesta terça-feira (23), em Porto Alegre. O objetivo da organização de direito privado, sem fins lucrativos, é o desenvolvimento de ações de ensino, pesquisa e extensão, apoiando iniciativas da sociedade para o enfrentamento do consumo do crack e outras drogas.

No início da cerimônia, foi apresentado um vídeo com o balanço da campanha, mostrando depoimentos de usuários e familiares.  Em sua manifestação, o presidente do Grupo, Nelson Sirotsky, recordou o início da campanha. “Em uma reunião, aqui mesmo nesta sala, no final de 2008, provocados pela AMP/RS, nós decidimos fazer do crack a bandeira social da RBS em 2009”, lembrou, agradecendo a parceria da entidade.



Segundo ele, o trabalho desenvolvido todo ano passado e em 2010 representou um embrião, um alerta para o país. “O instituto dará continuidade aos vários esforços para contribuir na erradicação das drogas” — disse ainda durante a solenidade de assinatura do protocolo de cooperação, no Salão Nobre do Grupo RBS, na Capital, com a presença dos parceiros.

AMP/RS

O presidente da AMP/RS, Marcelo Dornelles, iniciou sua fala ressaltando a importância de invesmento em pesquisas que quantifiquem e e qualifiquem a presença do crack na sociedade e suas consequências. “Em determinado momento de nossa campanha percebemos que faltavam dados específicos sobre o consumo do crack e trabalhar sem dados hoje é atuar no improviso, algo inconcebível quando se trata de enfrentar um inimigo tão poderoso”.  De acordo com o presidente, a criação do Instituito, que terá o fomento à pesquisa como um dos seus objetivos, será uma resposta a essa carência.











































ACMP

O presidente da Associação Catarinense do MP parabenizou a todos pela iniciativa. Segundo Rui Schiefler, o trabalho de combate ao crack realizado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina se espraiou como exemplo para outros estados do país, mas a erradicação desta droga na sociedade ainda é um desafio. “Mais da metade dos processos que existem hoje nos fóruns de Santa Catarina tem alguma relação com o crack, o que demonstra o tamanho do desafio que precisamos enfrentar”. 

AJURIS

O presidente da Ajuris, João Ricardo dos Santos Costa, lembrou que a parceria entre a entidade e a RBS, é tradicional, sendo que a primeira ação foi realizada em 1990 numa campanha pelo ensino fundamental, que teve resultados positivos na redução da evasão escolar. “Isso me leva a crer que é possível reverter este quadro”, disse o dirigente, ratificando a importância das instituições estarem engajadas no “processo de combate, prevenção e esclarecimento sobre esta mazela que corrói o tecido social”.



UFRGS

O reitor da UFRGS, Carlos Alexandre Neto, ressaltou a importância da Universidade participar como parceira de uma iniciativa que nasce de uma demanda da sociedade “Aqui não estamos falando de um tema apenas acadêmico, mas de uma doença que afeta todo o tecido social, por isso é importante discutir formas de tratamento e prevenção, mas é fundamental também, que possamos sair dos muros da universidades e levar este conhecimento ao dia-a-dia das pessoas”. 



Também participaram, representando as entidades parceiras, Paulo Ricardo Bruschi (AMC - Associação dos Magistrados Catarinenses) e Enio Luiz Pedrotti (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina). O subprocurador de Institucional, Delmar Pacheco da Luz e o Coordenador do Centro de Apoio dos Direitos Humanos, Francesco Conti, compareceram a solenidade.