Foram entregue nesta terça-feira, 14 de dezembro, em cerimônia realizada no Palácio do MP, o Prêmio de Jornalismo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Este ano foram inscritos 52 trabalhos nas categorias Reportagem/Impressa, Reportagem/Rádio, Reportagem/TV e Fotojornalismo. Em sua manifestação durante a solenidade, o vice-presidente da AMP/RS, Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto,  lembrou que premiações como a que o Ministério Público oferece aos jornalistas são um incentivo ao trabalho da Imprensa, assim como a cobertura da Mídia à atuação dos promotores e procuradores de Justiça são incentivo ao exercício dos membros do MP, ambos fundamentais para a democracia. 



Citando dados de uma ONG que apontam o crescimento nos índices de corrupção no Brasil, o presidente da Fundação Escola do Ministério Público, Mauro Souza, foi provocativo em seu pronunciamento. “ Será que a corrupção está aumentando ou são os jornalistas que têm hoje mais acesso a fatos antes desconhecidos pela opinião pública?”, perguntou. Segundo ele, a sociedade precisa de uma imprensa livre e de um Ministério Público independente para que possa evoluir.



A procuradora-geral de Justiça, Simone Mariano da Rocha, parabenizou os agraciados pela premiação e também estabeleceu paralelos entre a função dos membros do Ministério Público e da Imprensa. “ Somos agentes de transformação social, fundamentais na defesa da democracia: os senhores das Imprensa com a caneta e o palavra; nós com os ditames da Constituição”.







IMPRESSA

O primeiro lugar na categoria Reportagem/Impressa foi conquistada pela reportagem “Corrupção nas cadeias”, de autoria dos jornalistas Carlos Etchichury e Juliana Bublitz, publicada entre os dias 18 e 20 de abril deste ano pelo Jornal Zero Hora e que discorre sobre subornos, acesso de armas, drogas e celulares nos presídios e torturas de presos. O segundo lugar foi obtida pela matéria “Bebês do crack”, de autoria do jornalista Adriano José Duarte da Silva, publicada nos dias 14 e 15 de agosto deste ano no Jornal Pioneiro, de Caxias do Sul, que mostra como o MP pode mudar para melhor o rumo de crianças em situação de risco.

RÁDIO

Na categoria Reportagem/Rádio, venceu a reportagem “Tecnologia a serviço do crime: MP e BM desarticulam quadrilhas de traficantes comandadas de dentro das cadeias”, de autoria do jornalista Cid Martins, veiculada em 11 de novembro deste ano na Rádio Gaúcha narrando a Operação Guajuviras, que desarticulou uma rede de tráfico de drogas coordenada por mulheres que respondiam ordens dos companheiros detidos no sistema prisional. A segunda colocação ficou com a reportagem “Tragédia no Rio dos Sinos: quatro anos depois, pouca coisa mudou”, de autoria do jornalista Eduardo Matos, veiculada entre os dias 1º e 4 de novembro deste ano na Rádio Gaúcha, que faz um balanço do que ocorreu após a investigação do MP sobre a mortandade de peixes em 2006.

TELEVISÃO

Na categoria Reportagem/TV, ganhou a reportagem “Gasolina adulterada”, de autoria da jornalista Fernanda Farias, exibida no dia 17 de março deste ano, na TV Bandeirantes, mostrando o trabalho de fiscalização do MP nos postos de combustíveis e que colocou o RS com o menor índice de alteração do produto no País. Em segundo lugar ficou a reportagem “Denúncia dos servidores por omissão do crime de tortura”, da jornalista Ivani Schutz, exibida em julho deste ano na RBS TV, que trata de tortura de presos em presídios.

FOTOGRAFIA

Na categoria Fotojornalismo, o vencedor foi o fotógrafo Alex Sandro Rosa Manchini, do jornal A Notícia do Vale, de Panambi, com foto que mostra o Promotor de Justiça exibindo a arma do crime no júri popular em 28 de julho deste ano. O segundo lugar foi conquistado pela fotógrafa Camila da Silva Domingues, do jornal Correio do Povo, com fotos que mostram a apreensão de máquinas caça-níqueis, publicadas no dia 15 de outubro deste ano.