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Evento na PGJ debateu formas de enfrentamento à corrupção

O Ministério Público sediou nesta semana, na Capital, um evento com o objetivo de discutir a corrupção na sociedade brasileira. O seminário Corrupção: Diversos Olhares. foi prestigiado pelo voce-presidente administrativo da AMP/RS, Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto e foi aberto pelo governador eleito, Tarso Genro.
10/12/2010 Atualizada em 21/07/2023 10:59:22
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O Ministério Público sediou nesta semana, na Capital, um evento com o objetivo de discutir a corrupção na sociedade brasileira. Preocupados com o tema, o Ministério Público Estadual e a Escola do MP/RS, em parceria com a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), através da Escola de Governo, Banrisul, Consultoria em Direito Público (CDP), e Instituto de Defesa da Concorrência (ICDE), além de outras entidades apoiadoras, realizam, na quinta e na sexta-feira o seminário Corrupção: Diversos Olhares. No evento, representantes de diversos segmentos abordaram o tema e convergiram para a constatação de que muito do problema está na questão cultural.



A abertura, prestigiada pelo vice-presidente administrativo da AMP/RS, Victor Hugo Azevedo Neto, foi feita pelo governador eleito Tarso Genro, convidado por conta de sua plataforma na campanha, explicou o organizador do evento, promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Porto Alegre Cesar Faccioli. "Ele se elegeu em cima de dois patamares propositivos básicos: o eixo de combate à corrupção e o eixo da educação. Nosso evento quer reunir esses dois eixos para propor soluções", justificou.



Por meia hora, o petista falou sobre os olhares possíveis em torno do tema corrupção. Foi crítico, afirmando que há uma tendência em se identificar corrupção com política e uma visão de que a corrupção é um mal das instituições, da estrutura estatal, de forma desvinculada e isolada da sociedade. "Sempre que há corrupção do Estado na relação com a sociedade, existe um corruptor e um corrupto. Do lado da corrupção ativa, que incide sobre o Estado, estão agentes privados".



Uma das estrelas do evento foi o ex-capitão do Bope/RJ Rodrigo Pimentel (foto), que conversou com o público durante quase duas horas sobre as experiências que vivenciou como policial. Confira abaixo trechos do que disse Pimentel:





Tropa de Elite 1

“Estava no Circo Voador (discoteca do Rio) e fui abordado por um amigo: ‘Vai ter uma sessã do Tropa de Elite na casa do ministro da Cultura, Gilberto Gil.’ O filme nã tinha sido lançdo ainda, sóo pirata. ZéPadilha (diretor do filme), totalmente intempestivo, louco, invadiu a casa do ministro à noite, pé na porta, berrando, nervoso e pediu para o ministro o DVD. Estavam lá diversas pessoas ligadas à cultura – cantores, compositores –, as mesmas que reclamam da pirataria.”





Educação

“Se o nosso filho na idade de seis a nove anos receber essas noçõs de (combate à) corrupção, de ética e de valores, acho que o retorno é em menos de uma década. Eu me envergonho quando esqueço de colocar o cinto e meu filho chama a atenção.”





Tropa de Elite 2

“Nosso medo de ser pirateado era tamanho que bolamos estratéias de proteçã. Na primeira semana do filme, estava no e-mule uma cóia pirata. Localizamos o infeliz, era um soldado do Exécito, de 19 anos. Fui conversar com o comandante, que pegou o smartphone, deletou o filme e me falou: ‘Olha, ébom menino, fez uma besterinha. Nã vátratálo como bandido, pelo amor de Deus. Essa bronca jáéuma puniçã.’ Saídali com um sentimento de revolta. Seráque esse coronel nã tem a dimensã do que éum crime de pirataria?”





Debandada no Rio

“Édifíil dizer isso aqui, talvez algué me critique aqui, mas entendam a emoçã que estava vivendo. Naquele momento (ao ver as imagens de homens fugindo da Vila Cruzeiro para o Complexo do Alemão), desejei a morte de todos aqueles bandidos.”





Gibis contra pirataria

“Eu e ZéPadilha resolvemos entrar nesta históia da pirataria de peito aberto. Uma das ideias écolocar na Turma da Môica, do Mauríio de Sousa. Váias históias ao longo de meses sobre pirataria com personagens envolvidos em questõs éicas.”





Corrupção na estrada

“Um dia sentei àmesa com um dono de uma empresa de aviã e muitos convidados. Ele me olhou e disse:‘Ontem estava indo em alta velocidade para Teresóolis e um amigo seu inflacionou o mercado da corrupçã do Rio. Sóporque estava em alta velocidade, me cobrou R$ 600 e eu paguei.’ Ele deu uma gargalhada, as pessoas riam. Disse:‘Vou embora, o senhor conta que éum criminoso, seus filhos estã àmesa’.A minha esposa ficou envergonhada. Demorou cinco segundos para ele ficar rubro, se emocionar e pedir desculpa para os filhos.”


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