Piratini anuncia mudanças no projeto do IPE Saúde
Numa tentativa de diminuir a polêmica gerada pelas propostas de reestruturação do Instituto de Previdência do Estado (IPE), o governo decidiu ontem que irá desmembrar dos projetos do IPE Saúde e do IPE Previdência todas as questões relativas à gestão do instituto.
A sugestão, apresentada em forma de emenda pelo líder do governo federal na Assembléia Legislativa, deputado Estilac Xavier (PT), foi acatada pelo Palácio Piratini. Um novo projeto tratando apenas da gestão do IPE será apresentado num prazo máximo de 180 dias, ou seja, até setembro.
A mudança foi apresentada ontem à tarde aos líderes das bancadas aliadas pelo chefe da Casa Civil, Alberto Oliveira, numa reunião de pouco mais de uma hora convocada para tratar da sistematização das emendas ao projeto IPE Saúde. Apenas seis emendas, apresentadas pelos deputados Jussara Cony (PC do B), Bernardo de Souza (PPS), Jerônimo Goergen (PP) e Ivar Pavan (PT), foram acatadas pelo governo.
Entre as emendas está a que estipula que o percentual de contribuição de servidores que não estão obrigados a se filiar ao IPE (autarquias, Banrisul e outros) não seja inferior ao índice pago pelos optantes. O governo também aceitou incorporar ao projeto de saúde do IPE uma ampliação de 30 para 90 dias no prazo para servidores que deixaram o Estado pelo Plano de Demissão Voluntária (PDV) decidam se querem ou não permanecer no sistema.
Amanhã, os líderes aliados voltam a se reunir na Casa Civil para tratar das emendas apresentadas ao projeto do IPE Previdência.
A proposta de dar um prazo maior para discutir a gestão do IPE agradou até mesmo ao líder do PP, Jair Soares, crítico dos projetos.
- Agora sim houve diálogo de verdade - comemorou Jair
Fonte: Jornal Zero Hora